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sexta-feira, dezembro 6, 2024
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Qual a maneira correta de lidar com um cão-guia?

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, das quais 500 mil são cegas. Outras cerca de 6 milhões têm baixa visão. As principais causas de cegueira são catarata, glaucoma, retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração macular, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para um país com um número expressivo de pessoas nessa condição, existem em torno de 150 cães-guias em atividade e que são treinados para ajudá-las.

Esses cães são capazes, por exemplo, de andar em ambientes complexos e seguir comandos específicos. Eles se tornam olhos e companheiros confiáveis, permitindo que seus usuários superem desafios diários e vivam de forma mais independente. As raças mais comuns treinadas para se tornarem cães-guia são: Labrador e Golden Retriever. Vale ressaltar que o treinamento do cão e a entrega ao seu usuário são os últimos passos de uma longa jornada, que inclui dezenas de famílias voluntárias que entregam seu tempo e amor em prol da causa.

Conhecidas como famílias socializadoras, estas pessoas acolhem os filhotes por aproximadamente um ano, expondo-os a uma rotina diária de atividades imprescindíveis. Entre elas estão o uso de transporte coletivo, visitas a espaços públicos, experiências de mobilidade urbana, convivência com outros animais, crianças etc. Cada cão-guia é destinado ao seu usuário de acordo com o perfil e necessidade da pessoa com deficiência visual.

Muitas pessoas, no entanto, não sabem como agir ao encontrar com esses animais, que estão a trabalho. Confira, a seguir, dicas de como se portar na presença deles:

  • Não chame a atenção do cão-guia. É importante lembrar que ele está trabalhando e não se encontra na posição de um bichinho de estimação naquele momento;
  • Não o toque e nem o acaricie enquanto ele estiver usando o peitoral com alça de trabalho. O animal pode se distrair e acabar causando algum acidente com a pessoa com deficiência visual;
  • É preciso que os tutores de cães de estimação controlem seus animais, utilizem coleiras e, de preferência, fiquem afastados dos cães-guias. Caso contrário, ele poderá perder o foco de sua atividade principal;
  • Nunca ofereça alimentos ao cão-guia. Ele tem horário certo para comer e certamente estará bem alimentado pelo seu tutor;
  • Fale sempre com a pessoa com deficiência visual primeiro e nunca diretamente com o cão-guia. Já que ele sabe que alguém poderá distrai-lo, e só permitirá a intervenção, caso o cão não esteja à trabalho;
  • Caso alguma pessoa com deficiência visual peça ajuda, o ideal é aproximar-se pelo lado direito dele, de maneira que seu cão-guia fique à esquerda;
  • Ao passar informações para a pessoa com deficiência visual, é necessário indicar com clareza o sentido em que se deve dobrar ou seguir para chegar ao local, assim ele poderá passar a rota ao cão;
  • Não pegue o braço de uma pessoa com deficiência visual que está acompanhado de um cão-guia sem antes conversar. Muito menos toque na guia do animal, pois a mesma é só para uso do tutor;
  • Os cães-guia são capacitados para entrar e permanecer com seus tutores em todos os tipos de estabelecimentos, sem causar alterações no funcionamento dos locais e nem incomodar os funcionários ou o público.

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